Mínimo fortalece economia do RN

22 de setembro de 2016

Da Tribuna do Norte

O reajuste do salário mínimo de 8,84%, que elevou o valor para R$ 788 em 1º de janeiro, vai colocar em circulação na economia do Rio Grande do Norte mais R$ 887 milhões em 2015. A estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) foi divulgada ontem em Natal. O Dieese estima que 1,081 milhão de pessoas têm rendimentos referenciados no mínimo. Esse contingente inclui os trabalhadores da iniciativa privada, servidores públicos e beneficiários da Previdência Social que recebem treze salários por ano.

 

O estudo mostra ainda que os R$ 788 deste ano é o maior valor real desde 1983. Para chegar a essa conclusão, os técnicos fizeram uma projeção com os valores corrigidos monetariamente. Assim, em 1983, no governo do general Figueiredo, o mínimo era equivalente a R$ 771,83 a valores de hoje e ficou nesse patamar até 1986 quando foi editado o Plano Cruzado.”

Em 1987, já na ressaca do cruzado, quando os preços começaram a ser reajustados após o congelamento desenhado pelo então ministro Dilson Funaro, o poder de compra teve uma queda abrupta: foi a R$ 502,92. O menor valor da série histórica foi em 1995 ano de consolidação do Plano Real, quando atingiu o equivalente hoje a R$ 340.
De acordo com o Dieese, entre abril de 2002 e janeiro de 2015, houve reajuste nominal de 294% do mínimo para um inflação de 110,05% medida INPC. Houve aumento real de 76,62% no período. “Com o valor de R$ 788 e a cesta básica de janeiro estimada em R$ 273,62, o salário mínimo terá então um poder de compra equivalente a 2,88 cestas básicas, a maior relação registrada desde 1995”, diz o estudo. Naquele ano,a relação era de 1,34.

O Dieese também estima que a arrecadação tributária terá um acréscimo de R$ 478 milhões com o novo mínimo. O cálculo leva em conta uma tributação média de 53% sobre o consumo, que é a carga incidente sobre a renda familiar de quem ganha até dois mínimos.

Por segmentos, o impacto do reajuste será de 389,2 milhões sobre os benefícios previdenciários; de R$ 276,5 milhões sobre os empregados. No RN, há 468 mil pessoas que recebem benefícios previdenciários; 332 mil empregados, 198 que trabalham por conta própria e tem rendimento nessa faixa e 78 mil trabalhadores domésticos.

No serviço público do Nordeste, o impacto do reajuste na folha salarial será de 0,33% na esfera federal; de 0,93% na estadual e de 5,15% na municipal. Na região, 54,4% das pessoas ocupadas ganham até um salário mínimo, enquanto no Sudeste esta relação é de 18,5% e no Sul de 16,9%.

 
 

Tecnologia a favor do associado

Se você é associado, aproveite e baixe agora o nosso aplicativo móvel disponível para Android e iOS e fique por dentro de tudo o que acontece na associação.

Download do aplicativo para android Download do aplicativo para IOS